quinta-feira, 29 de maio de 2014

Rir




Quando não estamos bem o riso não é totalmente sincero. Por mais divertida que seja a piada.

Agora já consigo rir outra vez.

Rir com vontade.

A fletir os abdominais.

Rir desmesuradamente.

Como já não me ria há muito tempo.


terça-feira, 27 de maio de 2014

Multifacetado


Há quem adapte as suas ações e maneira de ser aos outros.

Têm atitudes diferentes consoante a companhia.

Apesar de haver quem desperte diferentes lados nossos é mais importante sermos fiéis e sabermos definir qualquer variação do nosso humor, a nossa personalidade.


segunda-feira, 26 de maio de 2014

Abre-Olhos


Agora, no fim, há coisas que se revelam.

Triste é terem demorado.

As boas porque podia ter desfrutado muito mais.

As más porque sempre lá estiveram e não dei conta, sentindo tardiamente a cegueira e ingenuidade.


domingo, 25 de maio de 2014

Dívida Saldada


Não pode deixar de haver gratidão para com alguém que me acolheu quando muito precisei. 

Embora toda a recompensa já tenha sido devidamente paga. Talvez demasiado alto.

A vida continua. Com a consciência tranquila.

sábado, 24 de maio de 2014

Em Marte


Enquanto espero pelo regresso sinto que nunca aqui estive.

Sempre lá trabalhei, conheço a rotina como sendo eterna, aquele espaço como meu.

Na minha cabeça nunca aqui estive, não faz qualquer sentido aqui estar. Não relembro o mau, nem o bom. Um dia sei que as memórias voltarão.

Parece que por uma falha cósmica acabei de aterrar neste meio desconhecido onde nada me pertence, nada reconheço.

Acordo como na minha cama e só ao abrir os olhos é que reparo que estou num planeta diferente. Ainda. Até voltar à terra-mãe. A mim.

domingo, 18 de maio de 2014

Mudanças


As mudanças acontecem até num ato impulsivo.

Tinha os CV impressos encima da secretária. Era a data limite para enviar pelo correio para algo que não queria mas sempre era melhor do que tinha.

A mãe quer sair e eu sei que fica a caminho daquele lugar que sempre ansiei, sempre duvidei conseguir.

Pego nas folhas de papel e saio com elas. Quase sem pensar. Lá, apresento-me e fazem-me perguntas, sem expetativas, na possibilidade de um projeto que se avizinha. Agora não. Só uma semana para experimentar.

Fui. Aproveitei ao máximo. Dei o meu máximo. E no último dia, já com muitos a disfrutar o final de tarde de sexta-feira, chamaram-me. O que queria fazer? Como me sentia?

Com um sorriso largo exprimi o meu extremo agrado, a minha felicidade de somente ali estar. Tinha superado todas as minhas ideias.

Querem que fique. Não para um projeto futuro. Já! 

Exultei, tremi.

Tive que regressar para o lugar onde estou para finalizar o ciclo. Terminar o inacabado, dar tempo para a organização de todos.

Afinal as coisas boas acontecem.