terça-feira, 30 de abril de 2013

Vencer


O meu professor de ténis ensina-me imensas coisas. Aprendo imenso com ele. Não só ténis, mas lições que se transportam para a vida:


Joga sempre com alguém melhor que tu!


Ficamos cientes das nossas capacidades e dificuldades.

Descemos do possível pedestal. 

Há sempre alguém que nos pode superar. Mesmo nós próprios.

Nunca desistimos porque sabemos que não há impossíveis e podemos sempre vencer.

Acreditando sempre! Lutando!

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Quando a Velhice Chegar


Tenho a certeza que os lares de idosos nas próximas gerações (na minha quando chegar a minha vez) serão completamente diferentes.

 Só consigo imaginar os homens em Playstations e joysticks para combater o Parkinson.

As senhoras falarão sobre decoração e aquecimento global. Faremos compras virtuais e discutiremos os giraços da nossa adolescência.

Não falaremos do Governo. Já todos desperdiçaram imensa conversa sobre assuntos que nunca mudarão.

As partidas de sueca serão substituídas por poker.

Os livros serão ebooks (eu não!) e os quartos terão reconhecimento por voz para apagar e acender a luz e a box da Tv que não servirá somente para gravar. Poderemos escolher tudo, mesmo que não tenha passado. Vamos sempre preferir programas que nos façam lembrar a nossa juventude e não os da tarde, da sra Fátima.

Os andarilhos terão um mecanismo com motor que nos exercita os músculos e as bengalas serão ergonómicas. Os aparelhos auditivos serão invisíveis.

Caminhando a passos largos para um enorme  aumento da população geriática haverão imensas mudanças. E não demorará muito. 

Embora a mentalidade para com os velhos possa (não) mudar.

domingo, 28 de abril de 2013

sábado, 27 de abril de 2013

Avançar


Passei pelo meu antigo emprego.

A placa com o meu nome trouxe-a comigo mas queria ver se outra, com outro nome, a estava a substituir.

Continua o espaço vazio.

Fiquei com uma estranha sensação de alívio. Não sei bem porquê porque não me passa pela cabeça voltar. 

Suponho que ninguém goste de ser substituído mesmo por escolha.

Não estou contente com o agora mas o antes é simplesmente passado. 

Acredito que o avançar seja isso mesmo, sem ressentimentos, mas ciente de que aconteceu.

Precisava de lá passar, só para saber. E já satisfiz a curiosidade, não terei mais vontade de lá voltar.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Regresso a um Passado e Presente que quero que seja também Futuro


Os últimos dias têm sido maravilhosos.

O regresso a casa, às minhas pessoas, às minhas coisas, ao meu envolvente...

Tenho estado realmente feliz mas há sempre qualquer coisa que me faz pensar que estou de passagem.

Pequenos segundos que são suficientes para não aproveitar em plenos todas as sensações até ao tutano. Ninguém repara mas eu sinto-o e rasga-me profundamente.

Sempre fui assim. Não consigo aliar-me dos pequenos pormenores que muitas vezes são por mim lembrados, em momentos simples. E só sinto que estão a terminar, já passaram.

Acabo por me abstrair e sofrer silenciosamente mesmo a rir-me quando estamos todos juntos. 

Dou por mim a conhecer pessoas novas e a pensar que não vou estar cá para conviver, continuar a descoberta... A passar por ruas que sei que não são o quotidiano... A ir a restaurantes que gosto e sei que vou lembrar-me tanto das saudades que me vão produzir...

Tenho noção que só me faz mal, que não posso fazer-me isso, porque um dia haverão consequências ainda mais graves.

Não deixo de absorver e aproveitar tudo ao máximo mas com uma sensação estranha...

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Liberdade




Fui rocha em tempo, e fui no mundo antigo
tronco ou ramo na incógnita floresta...
Onda, espumei, quebrando-me na aresta
Do granito, antiquíssimo inimigo...

Rugi, fera talvez, buscando abrigo
Na caverna que ensombra urze e giesta;
O, monstro primitivo, ergui a testa
No limoso paúl, glauco pascigo...

Hoje sou homem, e na sombra enorme
Vejo, a meus pés, a escada multiforme,
Que desce, em espirais, da imensidade...

Interrogo o infinito e às vezes choro...
Mas estendendo as mãos no vácuo, adoro
E aspiro unicamente à liberdade.



Evolução, Antero de Quental in Sonetos

sexta-feira, 19 de abril de 2013

A Voar


Será um mês de viagens.

De voltar a casa. Reencontrar família, amigos, afazeres.

A uma outra antiga casa. A ruas de uma cidade que será sempre minha. Que guardo tão carinhosamente, invictamente.

Uma cidade nova, luminosa. Com as melhores amigas.

Será um mês de alegria.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Sou Antiquada


Não consigo deixar de achar estranho os que correm para o facebook mal ficam noivos e fazem questão de anunciar aos quatro ventos por essa comunidade fora, sabendo que será destacada com ênfase na página dos amigos, para que ninguém deixe de saber.

Modernices...

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Auto-Análise


Não consigo acatar críticas que, para mim, se pressupõem construtivas, de alguém que só refere algo para se destacar. Quando não tem argumentos válidos para contrapor as outras opiniões e razões de estar assim.

Ainda quando alguém só consegue ser crítica em relação aos outros e o seu trabalho é sempre uma nódoa.

Sou a maior auto-crítica que existe. Ponho imensamente em causa tudo o que faço porque quero sempre que fique muito bom, porque sei que sou capaz de o fazer. Muitas vezes sou dura demais comigo. Sendo assim não podia deixar de ser crítica em relação aos outros mas tenho sempre em conta todas as atenuantes, limitações, obstáculos e tecnicidades. 

Talvez só tenha que deixar de pedir opiniões e dá-las, quando solicitadas, sinceramente.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Concentra-te e Faz


Tenho imensas coisas para preparar e fazer até sexta-feira.

Sei que as tenho há já algum tempo.

E se sou uma pessoa que não gosta de adiar para não deixar as coisas para a última hora, para que sejam feitas com tempo e fiquem como devem estar, tal não tem acontecido. Porque sei que não funciono bem com o stress do relógio.

O problema é que as devia despachar para que elas esvoacem da minha to do list mental que está em modo repeat, uma e outra vez, voltando ao início e recomeçando, há já alguns dias.

Se há momentos em que penso que ainda não as fiz é porque pressinto que vai acontecer um imprevisto qualquer que me vai fazer deitar trabalho ao lixo e ter que mudar as coisa quando estas já estão terminadas, há outras que sinto somente a sensação de preguiça e detesto. 

Como os dias têm sido longos e passado lentamente também penso que terei tempo de sobra.

Acho que vou começar a, pelo menos adiantar. Or not.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Ouviu?!


Deixo passar disparates que teimam em sair da boca das pessoas. A pensar ou não são palavras pronunciadas logo válidas. Mesmo assim, a grande maioria das vezes, nem me pronuncio.

Até ao ponto que se chega ao extremo da má educação e rudeza.

Aí, como hoje, expludo. 

A pessoa apercebeu-se que vai ter que baixar a bolinha porque aqui a menina carinha de anjo não é nenhuma imbecil. 

E é bom que passe a palavra!
 

domingo, 14 de abril de 2013

Voz de Cachaça


Se há vantagem de estar constipada é a minha voz ficar mais grave.

Consigo cantar notas mais baixas e adoro.

Sempre gostei da rouquidão.

sábado, 13 de abril de 2013

Esgotada




Cansada.

Exausta.

Saturada.

Não consigo ouvir as pessoas. Nem conversar.

Muito menos pensar. Em nada.

Uma semana dura passou. Mais uma para chegar as tão necessárias férias.

Para respirar. Um novo ar.

Estar com os meus. Sentir-me confortável. Acompanhada. Acarinhada. Amada.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

terça-feira, 9 de abril de 2013

Chuva de Verão


Gosto da chuva de verão.

Quando não há vento e ela cai verticalmente, sem se espalhar em gotículas ínfimas nas janelas. 

Quase silenciosamente, sem se fazer notar.

Daquela chuva em que não nos apetece estar em casa a ouvi-la, confortavelmente com um vidro a separar-nos.

Quando podemos estar na rua e sob ela arrefecemos, refrescamos e molhamos os pés em sandálias sem medo de constipar. E chapinhamos quase descalços.

domingo, 7 de abril de 2013

Simulação de Situações


Por mais que o erro seja desencorajador é na base da tentativa que conseguimos aprender.

A cair. Várias vezes. Mesmo quando parece uma montanha enorme a ser escalada. Barreiras imaginárias.

É a experimentar que ganhamos raciocínio. 

Por mais que seja desconfortável, nas primeiras vezes, desagradável. Depois, vem naturalmente e o que era impraticável torna-se rotineiro. Aprazível. Constante.


sábado, 6 de abril de 2013

Sons da Minha Alma

 

Há dias que não oiço a minha voz.

Quando não trabalho. Porque estou sozinha.

Passo grande parte do dia em silêncio.

Desperta-me do silêncio a música que cantarolo e as minhas gargalhadas por algo que me lembro, que vejo...

Tenho reparado que tenho rido muito mais alto. Talvez para não me esquecer daquele som, da felicidade.


quinta-feira, 4 de abril de 2013

Escrita Inteligente


Quando a resposta ao envio uma sms a alguém que conheço é "quem és?", fico sempre desconfiada.

E depois à volta da resposta do meu nome vem um "Oh desculpa, tive um problema com o telemóvel e já não tinha o teu número!".

Acho sempre que me estão a enganar. Acho sempre que é desculpa.

Posso acreditar que terá acontecido a algumas pessoas (ninguém está livre da rebeldia das tecnologias) mas noutras quem apaga o seu número, de propósito, sou mesmo eu.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Juízos de Traições

 

Não sei como se conheceram, não sei o seu percurso. Encontrei-me com eles poucas vezes. Descrevo o que me pareceu, o que ouvi, o que vi.

Conheci-os quando já namoravam há muito tempo. Provavelmente desde os tempos de escola.

Ele parece tímido mas trabalhar no bar dos pais deve-lhe ter trazido alguma desenvoltura. Ela era linda e nada envergonhada. Dava simplesmente nas vistas, pela personalidade que transparece na beleza exterior.

Ela foi estudar fora. Está no último ano. Quando regressava estavam sempre juntos. A ele só se via nas festas, no café, na discoteca, com ela.

Pareciam imensamente apaixonados. Quando se nota nos sorrisos, nos olhares.

Avisaram-no de uma traição. De várias traições. Ele reagiu impavidamente. Porque, respondeu ele, sabia que ela seria o melhor que lhe ia acontecer.

Vai haver quem lhe chamará nomes feios, que condenará a sua apatia, que o congratulará pelo amor incondicional, que será complacente por sentir o mesmo, que lhe tentará fazer olhar para a situação com outros olhos, que lhe falará de amor-próprio, que compreenderá, que não aceitará, que se colocará na mesma situação e visualizará as suas ações.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Palerma





Tenho uma relação amor-ódio com a Olivia Palermo. Ok, não tão intenso, um meio termo.

Ao mesmo tempo que a acho insonsa, deslavada e sempre com um falso sorriso Colgate adoro o seu senso de estilo. A forma como combina as coisas mais normais e faz sempre um brilharete de tão bem arranjada e sem o mínimo defeito, com aquele acessório certo.

Sempre atual mas numa elegância intemporal.

E o namorado?!