quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Pacience



Não sei se me irrita mais as pessoas que não aparecem ou as que ligam exactamente à hora marcada a dizer que não podem vir.

Agravantes: era a única paciente do dia, ela sabia-o e supostamente era uma urgência marcada hoje de manhã. 

E está um nevoeiro que não se vê nada! (E não é a minha neura!).

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Silly



Adoro sorrisos.

 Sorrisos com os olhos e com os lábios. Dos mais expressivos e já com dentes.

Dos sentidos. 

Dos enigmáticos.

Mas mais ainda dos parvos e sem razão.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Never mind



Estava-me a parecer que devia ser um sinal. Todas as vezes que entrava no carro ouvi-a. Foram vezes e vezes, sem conta, até que fez sentido.

Mesmo depois de saber a letra de cor, de perceber todas as palavras, é que tudo se compôs. Sou tanto daquela letra, e tu… A única diferença é que a conversa nunca aconteceu. Talvez por isso sinto-te como um assunto inacabado.

Apaguei o teu número do meu telemóvel. Demorei tanto... Não terei mais tentações de te enviar uma sms, de te ligar e ouvir a tua voz, não quererei que toque e apareça lá o teu nome…

Os sentimentos misturaram-se todos. Fiquei triste porque foi mais um fim, mas principalmente orgulhosa. Afinal já se passou tanto tempo e tenho que seguir. Sem fantasmas do passado, sem ses nem ilusões do que podia ter sido.

Tenho o direito de ter um presente e sabe bem poder ter um caminho em aberto pela frente, uma tela em branco, sem sombras nem perspectivas.

Sinto que este passo já devia ter acontecido há muito mas o importante é que foi dado. E não voltarei a olhar para trás.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Snow flake



Estou com imensa vontade de ir à neve.

Fazer bolas de neve e gelar as mãos com luvas.

Para um lugar indefinido mas branco.

Com flocos em forma de algodão.

Deixar-me levar pela leveza deles a poisar no cabelo estático.

Tiritar e arrepiar-me.

(E aquecermo-nos.)

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Nuts



Cá em casa, todos os Natais, brotam nozes.

Não as compramos, não sei quem dá (que belo presente!), mas o certo é que elas aparecem sempre.

Não gostamos delas. Nem temos quebra-nozes… Todos os anos estragam-se. 

Este ano não foi excepção. Estavam elas a olhar para mim, intactas desde que me apercebi delas num armário incógnito. Resolvi que este ano ia ser diferente. 

Fui pesquisar receitas. Portanto, gosto de nozes em saladas mas não me estava a apetecer nada do género e iam ser precisas muitas saladas solitárias para dar cabo delas todas; gosto muito de gelado de noz (fiquei fã do do Pingo) mas não tenho máquina e todas as receitas pediam uma, também está fresquinho para gelado e até ao Verão elas iam pelo mesmo caminho; fiquei sem imaginação e fui mesmo por bolo. Não gosto de bolos secos por isso não estava a correr bem até que encontrei uma combinação que me pareceu muito bem: nozes e cenoura. Quer dizer, não foi bem à primeira vista porque relembrei uma experiência pouco agradável com bolinhos de cenoura que mais pareciam xarope, mas depressa me tornei optimista.

Lá fui eu determinada em direcção à cozinha! Sem ter com as partir as opções passavam pelo rolo da massa, uma panela ou pelo martelo dos bifes. Achei a última ideia a mais razoável e o que ao inicio pareceu bastante terapêutico depressa se tornou um exercício de paciência e luta. Demorei mas o resultado foi óptimo.

Todos adoraram o bolo, foi super simples de fazer, descontraí e ainda ganhei um miminho para o lanche.

Sobraram nozes. Não as suficientes para um novo bolo. 

Estou a ficar sem ideias. Mas agora sempre que olho para as restantes dá-me a sensação que terão um futuro bem incerto. O que vale é que não estão sozinhas nesta saga.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Taquicardias



Hoje tenho o coração acelerado, apertado.

Bate, bate, bate.

E ainda não percebi porquê.

Bate, bate.

Espero que não se quebre.

Bate.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Segredos partilhados


Quem quer manter a sua vida em completo secretismo não anda a publicar fotos, a actualizar estados, e outras coisas, sem qualquer tipo de restrição no facebook.

Depois tenha a santa paciência e não se venha queixar que houve alguém que deu com a língua nos dentes quando não devia, que era segredo.

Deixa de o ser quando se torna público, deliberadamente, ok?!

domingo, 15 de janeiro de 2012

Frenesim



É domingo e o meu sistema interno desregulou-se. Não é que ando numa roda-viva, de um lado para o outro a arrumar coisas, a tratar de outras pendentes que andava a adiar? Mal é que algumas só podem ser resolvidas “em horário laboral” senão despachava já tudo.

Nem parece meu. Domingo é dia de sofá, manta e bolinhos com chá. 

Deve vir do embalo desta última semana super ocupada.

Espero é que se prolongue pelos próximos dias que agora não me apetece nada parar.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Oculares



Andava com os óculos a caírem-me da cara. Um tormento dado que mesmo quando estava de lentes já tinha o hábito de ir ao nariz “puxar” os óculos para cima .

Fui apertá-los. Agora estão demais. Dói-me imenso atrás das orelhas e para descansar um bocadinho ponho uma haste por cima da orelhita. Não posso é por o cabelo lá atrás senão fico com um ar lindo.

Melhor é que nestes próximos dias tenho que dar descanso às lentes e não tenho tempo de ir desapertar os ditos, já para não falar que o cabelo não pode estar solto. O que vale é que vou estar escondidinha algures em SJ.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Filtros



Detesto ter que interpretar conversas de certas pessoas que sempre foram transparentes comigo.

Saber se aquele tom foi acentuado, se a pontuação foi a mais adequada, se a palavra tem duplo sentido, se o sorriso foi sincero, se o silêncio foi pensado.

As nossas conversas podiam ser novamente sem medos, límpidas. 

Não tenho paciência para andar a decifrar códigos.

E se pensavas que os meus pontapés por baixo da mesa eram inocentes, agora que penso neles, eram simplesmente uma vingançazinha do subconsciente.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Ronha



O mal das noitadas é que no dia seguinte fico incapaz de fazer alguma coisa útil.

Por mais que durma nunca é suficiente e no intervalo dos 120 mil bocejos por hora torna-se impossível fazer mais alguma coisa que requeira pensamento e habilidade manual. Passo o dia morrinhosa, preferencialmente surda para não responder a nada, numa moleza…

E quando é realmente hora de dormir o sono escapa-se e faz antever mais um acordar bonito.

A solução era voltar a sair mas ou ando a ficar velha e já aguento pouco a pedalada ou já não estou habituada.

Também há quem diga que aproveitamos melhor os momentos quando eles não fazem parte da rotina. Talvez por isso é que me soube tão bem.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Rabanadas ou como se diz por cá Fatias Douradas



Passou o Natal e não comi. Por cá não há muito essa tradição. 

Não sou muito fã mas andava com desejo. Andei a convencer a mamã. As dela são as melhores e sei como ela gosta de as fazer. Não demorou nada.

Comi-as nos Reis. Afinal por cá o Natal costuma durar até às estrelas.

Com muito açúcar e canela. E chazinho a acompanhar.

Please don’t call me again




Já é a quarta vez esta semana que recebo um telefonema de várias empresas de sondagens a dizer que o número foi seleccionado para ganhar um prémio.

Sabendo que se trata de um esquema para voltar a ligar, para uma linha de valor acrescentado, já tive todo o tipo de abordagens.

Já fui desde meiga e complacente, compreendi que se trata de alguém que está a tentar ganhar dinheiro e não tem culpa dos estratagemas (não é bem assim!), com respostas secas e monossilábicas, sem entusiasmo, mas sempre bem-educada. É de notar que quando mostro que não estou interessada todas elas (notar que são sempre senhoras super atenciosas) se apercebem que perderam o alvo e passam de simpáticas a desagradáveis.

Haja paciência!