terça-feira, 16 de março de 2010

Burocracias



Entregar um comprovativo no sítio T.. Parece fácil mas não é. Será porque tem que ir por carta? Frio. Os CTT têm sido porreiros comigo e por agora não tenho queixas.
O comprovativo tem que ser passado pelo sítio S. que tem que ter a autorização do sitio R. e F. e quem tem que o redigir não parece saber bem como se faz. 
Confuso? Esperem mais um bocadinho.
Ligo para o sito T. e dizem-me que se eu mandar uma carta a explicar que o comprovativo vai demorar e explicar tudo direitinho eles acreditam na minha palavra, dão seguimento ao processo mesmo sem o “oficial”. Porreiro, penso eu.
Escrevo uma cartinha toda bonitinha e profissional, na dúvida dou a ler a várias pessoas para ver se está perceptível o suficiente. Todos me dizem que se compreende perfeitamente, claro como água.
Recebo um telefonema hoje, de outra pessoa do sítio T. que não parecia estar muito ao corrente de como se tudo se está a processar e afinal a carta está sujeita a interpretações e não diz datas.
A muito custo lá expliquei à senhora que as datas só quando tiver o comprovativo oficial que ainda pode demorar. Diz-me que mande outra carta a dizer as datas e depois eles vêem.
Amanhã tenho que ir confirmar as datas todas ao sítio S. a rezar que não tenha que pedir autorizações para mas dizer não vá o diabo tecê-las e ter-me enganado num dia. Isso e os papéis oficiais virem com a mesma data e não me contradizerem.
Como se explica a um sítio que não parece funcionar muito bem que se está dependente de outro que não funciona melhor?
Outra confusão foi as moradas. E só mudei de casa uma vez. E explicar à senhora para mandar as coisas para casa dos meus pais porque assim não vai parar a outro sítio? Difícil. Porque supostamente eu é que tenho estar a receber as coisas e não os meus pais. E explicar que vou para casa dos meus pais daqui a pouco tempo e vou estar onde lhe estou a pedir para enviar as cartas? Complicado porque enquanto não vou eles podem precisar de me contactar. Falo numa coisa com que estou na mão, o telemóvel. Faz-se um clique e concorda comigo. Ufa!
Fui apanhada no meio destas papeladas todas e no fim ainda tenho que devolver dinheiro. Explico à senhora que tudo bem, se não era suposto recebê-lo devolvo. Parece que não me ouve porque continua uma explicação que já não faz sentido.
Devo falar chinês. Ou então falamos todos línguas diferentes.

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